Meteorologia intuitiva e objetiva
Minha mãe (Francisca Baião Cascaes), lagunense, mulher que
aprendeu com pais, avós e pessoas da terra a olhar e estudar o comportamento da
Natureza [viveu entre a cidade polo de bandeiras que ocuparam o resto do sul do
Brasil, lugar de praias fantásticas (eram espetaculares) mas já entupidas de
prédios e outras desgraças, lecionou em Imbituba, morou também em
Florianópolis, onde encontrou meu futuro pai, mudaram-se para Blumenau e,
viúva, residiu em Balneário de Camboriú, Blumenau e finalmente em Itapema]
enquanto lúcida sabia dizer com muita precisão o que iria acontecer (chuvas,
temporais, ventos, temperatura etc.). Aprendi muito com ela...
Não muito longe de Santa Catarina e vivendo no Paraná, que
me recebeu após um curso de Engenharia em Minas Gerais, lembrando ainda o ano
de 1963 [ (1963: Ano extremamente seco de
norte a sul do Brasil s.d.) quando fazia
cursinho em São Paulo] , trágico para o Paraná (Ribeiro s.d.) e um pesadelo para o
Brasil, salvo de racionamento de energia pesadíssimo pela entrada em operação
da Usina de Furnas, estudando e ouvindo sempre etc. meus professores formais e informais,
aprendi a valorizar na condição profissional as águas, raios, ventos (lembrando
até hoje os efeitos de um tornado que cortou milhares de árvores em 1992, se
não me engano, e embaralhou linhas de extra alta tensão da Eletrosul,
construídas para resistirem a ventos de até 170 km por hora), fui um dos atores
entusiastas na materialização do Simepar, proposta genial do Dr. Marcos de
Lacerda Pessoa (Pessoa 2016) e seu gerente (Rogério
Moro, LAC).
Aos poucos os brasileiros vão aprendendo a pensar e usar a
Meteorologia e Climatologia e a valorizar serviços de Defesa Civil, quando
funcionam.
Existe muito a ser feito até podermos exibir um padrão
equivalente ao de países mais desenvolvidos e conscientes. Fazer o que até lá?
Ainda em muitos lugares desse imenso Brasil vale a intuição
e a experiência dos mais velhos. De qualquer modo até os pescadores podem ser
surpreendidos de forma violenta (Gabriela Machado s.d.) , pois a Natureza ainda guarda muitos segredos e
carecemos de educação e formação para enfrentá-la de forma tranquila. Com ou
sem tais recursos milhões de brasileiros padecem seus efeitos por deficiência
material, social, cultural, política etc. Modismos importados dão Ibope
enquanto os problemas do povo mais humilde são estatísticos... e objeto de mídia
eleitoral. Estamos aprendendo muito com as redes sociais e a mídia comercial
pressionada pela competição a informar melhor, entre outros fatos relevantes,
com destaque, as revelações da Lava Jato.
Usando o que aprendi com minha mãe, colegas da Copel, as
informações nos portais e noticiários começo e termino o dia olhando a
natureza, vendo a reação da Pipita (a cachorrinha que comprei Para a Luíza e
vive ao meu lado) e o movimento das árvores; vai chover? Fazer frio? Posso
sair? Em Curitiba, com tudo o que podemos usar, a aventura é permanente.
João Carlos Cascaes
Curitiba, 22.10.2016
1963: Ano extremamente seco de norte a sul do Brasil. s.d.
http://meteorologiaeclima1.blogspot.com.br/2010/08/1963-ano-extremamente-seco-de-norte-sul.html
(acesso em 2016).
Gabriela Machado. Após resgate de 16 tripulantes,
equipes retomam buscas por seis vítimas de naufrágio em SC. s.d.
http://dc.clicrbs.com.br/sc/noticias/noticia/2016/10/apos-resgate-de-16-tripulantes-equipes-retomam-buscas-por-seis-vitimas-de-naufragio-em-sc-7864006.html.
Pessoa, Marcos de Lacerda. endereço Facebook.
2016. https://www.facebook.com/marcoslpessoa?fref=ts.
Ribeiro, Antonio Giacomini. SECA, GEADA E INCÊNDIOS
NO ANO DE 1963 UMA CATÁSTROFE NO PARANÁ E A MEMÓRIA DOS UNIVERSITÁRIOS DE
MARINGÁ, VINTE ANOS DEPOIS. s.d. http://ojs.uem.br/ojs/index.php/BolGeogr/article/view/12924.
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